16 maio 2011

Transmídias

Mundo real no virtual.

Será que conseguiremos viver, interagir virtualmente?

Por enquanto talvez, mas em curto espaço de tempo evitar o virtual estará tão presente quanto a água no cotidiano.

O mundo (su)real está presente 24 horas por dia, mesmo quando não estamos conectados às nossas redes.

Assustador? Ok, vá ver televisão para relaxar, uma série como Lost, por exemplo, aí você descobre que o vôo desaparecido da série tem registro em site, com empresa aéra de marca registrada, com lista de passageiros registrados, e que ainda tem uma declaração explicando encerramento de atividades em circunstância desse acidente.

Ainda assustado? Vá relaxar, fofocar reclamar, o que quiser no twitter, e quando menos esperar está participando de uma forte manifestação como #CalaBocaGalvao.

Ok, você está realmente assustado, melhor ver novela como, por exemplo, Viver a vida e descobrir depois que o blog da Luciana conta realmente histórias da personagem.

Viu como é natural o envolvimento? Divertido, instiga a pesquisa, curiosidade, conhecimento.

Tudo isso não significa que precisamos viver 100% conectados com a interatividade ou que vamos enlouquecer em um mundo surreal como Dom Quixote vivia em suas histórias.

Interagimos o real no natural e o natural no real.

Viva (virtualize-se off line).

24 setembro 2010

Há vagas

Criativos On-line, hora de pegar no mouse e ser feliz. O que todo mundo escuta todos os dias é a mesma coisa: cresce o número de usuários em redes sociais. E nesse ritmo vão as empresas, que cada dia mais adotam o uso dessa plataforma e iniciam um novo departamento especializado nessa área.

Pra citar um exemplo, certa vez parei pra contar quantos minutos a minha página do Twitter ficava sem atualização. E adivinha? Não passava de 5 minutos em dias úteis e, aos finais de semana, domingo principalmente, o máximo era de 1 hora sem atualização. Usando números altos para isso, porque sigo 217 twiteiros e com 139 seguidores que podem “falar comigo”. Ou seja, se dividir o tempo por pessoa, cada um não fica sem atualizar sua página por mais de 1,38 milésimos de segundo. Se eu fiz bem as contas é isso mesmo.

Na edição nº 1427 da revista Meio e Mensagem, de 30 de setembro de 2010, saiu uma matéria interessante sobre essa nova febre. Uma fatia de 4,3% do bolo nacional é fruto de faturamento com internet, e as expectativas são de melhoras constantes sob essa porcentagem.

E ao mesmo tempo em que esse cenário cresce, há também um alarme e grandes oportunidades, porque faltam profissionais qualificados. As empresas dessa área crescem em média 30% ao ano e uma agência digital de médio porte tem hoje entre 10 e 15 vagas em aberto para atuar nas redes sociais. As portas estão cada vez mais abertas.

Há vagas para:

Diretor de Criação;

Planejador Digital;

Arquiteto da informação;

Programador;

Analista de SEO;

Analista de links patrocinados.

Enquanto uns se especializam para atuar nesse mercado que só cresce e empresas buscam constantemente esse tipo de profissional qualificado outros ainda possuem uma mente imatura infantil em utilizar essas redes para autopromoção (que muitas vezes fazem parte de um mundo fantasioso) ou para auto destruição. Como diria um amigo redator, há quem consiga destruir sua integridade em 140 caracteres. Ou em um simples campo Bio.

Minha dica? Se você quer se dar bem nessa era digital, aproveite essa oportunidade.

Responsabilidade, pesquisa, espírito de liderança e bom senso são os principais quesitos.

18 agosto 2010

Delicioso delírio vazio

Vazio é o eco.

O cheiro do pó de quem delira.

A fumaça de quem respira.

A sensação de quem tem nas veias a ardente sensação, vazia.

É experimentar o absoluto divino em um fundo egoísmo escorrendo no sangue.

Profunda percepção de não se perceber.

De ver e não ver o sentido de tudo e do nulo.

Vazios são os gritos da dor, do desespero e temor.

Foram as noites não dormidas e dias não vistos nos delírios de êxtase.

Certa absoluta incerteza.

É deitar sem poder levantar.

É levantar sem poder viver.

Vazio até o último gole do cheiro das veias do nada.

Texto escrito para o desafio 3 do PSV Crônicas. Tema Vazio.

11 junho 2010

29 maio 2010

Um bate papo criativo

Fuma, fuma, fuma folha de bananeira, fuma na boa só de brincadeira. (Armandinho) Não moçada, não estou fazendo apologia ao uso de drogas. (Não me prostituí a esse tipo de campanha, nem vou). Só que isso é muito brincado no mundo criativo. Calma, vou explicar. Seguinte, os criativos procuram seus insights, (sabe aquela fontesinha de ideia, que você precisa de toda aquela inspiração legal para sair um job bem feito?) Então, certo dia, criamos algo bem legal na agência que envolvia um bom texto e uma boa ilustração, e recebemos um comentário no blog que dizia algo assim para a redatora: Essa menina fuma na hora do trabalho, não é possível. Sabe, nós rimos tanto e, ao mesmo tempo, isso foi empolgante. Extasiadas com o resultado. Por quê? Oras, porque conseguimos bons resultados sem precisar disso. (Tudo bem que agente escuta coisas tipo Armandinho durante o trabalho). Sabe o que eu quero dizer com toda essa babozeira? Criative-se, respire ar puro, saia um pouco do google, vá ler um livro, ver um carro passar na rua, escute um reggae ou qualquer coisa que te ajude em um insight. Lembre-se daquelas aulas (chatas) da faculdade, e crie sem vergonha (uma pausa para a homenagem ao PSV). Deixem te chamar de chapado, deixem que falem que você deve andar com uns fumos aí. Crie algo legal. Surpreenda e respire bons resultados com muita saúde e comemoração.

06 maio 2010

Percy Jackson e seu Fusca Herbie

Percy Jackson é um garoto nada comum. Em um dia de escola como todos os outros, coisas estranhas aconteciam. Ele sabia que não fazia parte daquele mundo. Seria louco? Talvez sim, pensava. Seus melhores amigos certamente eram: a piscina do quintal, a banheira de sua suíte e o bebedouro da cozinha. A água lhe fazia muito bem. No dia em que completaria sua maioridade, ganhou um presente surpreendente de sua mãe. Seu primeiro carro, um Fusca ano 89. Chegou a seu colégio naquele dia com a autoridade que desejou sua vida toda. O dia estava perfeito! No final do turno escolar, o susto. Onde estava o Fusca que ele apelidara de Herbie? Foi no mesmo instante tirar satisfações com o grupo rival do colégio, aquela turma que o importunava tanto que ele não suportava nem passar sequer pelo mesmo corredor. E no meio de toda a confusão, eis que surge Herbie, indo a sua direção, sozinho. Sozinho? Sozinho. Pois é, sumiu porque foi passear. Sem muito pensar, Percy, cuja identidade verdadeira era um mistério, entrou no carro e logo já estava em sua casa, sem ao menos dirigir. Que maluquice era aquela? Coisas de Lúcifer? Mas era divertido ver a cara dos trouxas da outra turma, morrendo de medo do tal carro estranho. O dia prometia muitas outras surpresas para Percy, afinal estava completando sua maioridade. Já era um homem. A verdade de sua identidade veio à tona como uma cascata de água quente que queimava seu corpo, misturando todas as suas sensações, sentimentos e desejos. O coração acelerava e sentia o pulmão vazio - ele descobrira que era um semideus, filho de Poseidon, deus dos mares, e de mãe humana. Ele agora tinha uma missão em sua vida, que não era mais frequentar aquele colégio chato nem cursar uma universidade. Ele teria que ir a um lugar onde muitas pessoas desacreditam de sua existência. Iria ao Limbo. Seu dever era continuar o trabalho que seu pai havia começado, mas nunca conseguiu concluir. Por motivos que todos desconhecem, essa missão estava incompleta. O Step do Fusca tinha poderes mágicos e deveria ser colocado ao desmanche negro do Limbo, se isso não fosse feito a vida no oceano nunca mais seria a mesma. O tempo era curto e Percy precisaria correr. Percy e Herbie atravessaram o Portal que ficava nos fundos de um prédio abandonado e partiram em direção ao Limbo. Quanto mais desciam, mais quente e escuro era. Aquele lugar tinha um cheiro insuportável e os gritos que eram ouvidos vinham do vazio Quando menos esperavam, um dos pneus dianteiros de Herbie estava furado. O que iriam fazer agora? Só havia um Step, e esse não poderiam usar. Percy juntou todas as suas forças, até aquelas que nunca imaginava ter na vida e empurrou sozinho Herbie, enquanto o carro dirigia. Eles chegaram ao castelo de Lúcifer e estavam bem próximos de iniciar a batalha. E era ali, naquela porta gigante, luxuosa e sombria que a missão se completaria. Percy deveria entrar sozinho, enfrentar Lúcifer com todas as suas forças e colocar o Step mágico no lugar exato para assim, salvar a vida no oceano. A batalha começou. Percy era fraco demais para suportar Lúcifer, já havia desmaiado e perdido todas as suas forças, quando de repente lembrou que levava no bolso do seu casaco um IPod. Colocou então para tocar o Rebolation e nem Lúcifer suportou tanto lixo. O Step mágico foi colocado no desmanche negro. A vida no oceano agora estava salva. Percy ganhou um presente do Step por demonstrar tanta coragem e inteligência nessa batalha triunfal. Quando saiu do castelo do Limbo, Herbie agora estava com pneus novinhos, e assim voltaram para o mundo normal. Percy vibrava com tanto poder, mas, em seu egocentrismo, sabia voltar ao Limbo, e já que ele estava vazio, em sua cabeça pensamentos maliciosos surgiam. Estaria ele disposto a trair o seu mundo e seu pai? Mesmo sendo um semideus? Estaria ele disposto a ser o substituto do trono de Lúcifer?

Essa crônica foi escrita para o desafio do PSV Site Crônicas. Sendo como tema do mês de maio, "Deu a louca no cinema".

Deixo os créditos à Rafaella pela revisão e abraços ao Alessandro Ribeiro, um amigo e redator publicitário que sempre me ajuda com dicas e sinceridade.

Visitem o PSV, faça o seu comentário e voto no texto que desejar.

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